Com cada vez menos espaço nas grandes cidades, eu sei que os apartamentos tendem a virar apertamentos. Então, a sala vai ficando cada vez menor. Os móveis estão se adaptando. Você está nesse meio???? Inspire-se nessas salas, de gente como a gente.
Nesta sala, o colorido é pontual. Cadeiras leves e compactas, como a rosada, são sempre bem-vindas em espaços pequenos, pois podem se locomover facilmente, oferecendo assento para os convidados ou apoiando livros. O móvel de laca concentra aparelhos de DVD, receiver e caixas acústicas. A porta de correr nunca atrapalha a passagem. Se não há lugar para mais estofados, vale investir em um sofá confortável. Este possui espaldar e braços baixos, para não pesar no ambiente. Ao lado dele, a mesinha, com apenas 25 cm de largura, vira uma aliada na hora de assistir TV ou receber os amigos – ela deixa controles remotos à mão e também acomoda copos e aperitivos. Projeto de Marcella Leite e Leonardo Strauss.
Móveis que não oferecem obstáculo à circulação valem ouro em espaços exíguos. Também conta pontos ser leve, ter medidas compactas e não ocupar grande volume visual. Esta sala é um exemplo perfeito disso. A cristaleira, com um visual leve, mistura vidro e perfis metálicos brancos e estreitos. A cadeira de trabalho, transparente, segue a mesma linha. Optou-se por uma estante vazada, que não pesa na decoração e funciona como home office e home theater: a moradora assiste a filmes no computador, por não ter aparelho de TV. Projeto de Maristela Gorayeb.
Esta decoração de atmosfera masculina privilegia tons sóbrios e móveis de bom desenho. O cinza da parede é a cor predileta do morador devido a seu grande poder de adaptação – apesar de ser um tom frio, se revela aconchegante ao fazer parceria com outros tons e texturas. Projeto de Antonio Gomes Júnior.
Feminina e delicada, esta decoração ganhou tecidos românticos e peças multiúso. Encostados na parede, os móveis alongam a área de circulação. Uma vantagem para quem gosta de receber, pois, quando chegam os convidados, fica fácil concentrar pufe, banco e cadeiras da sala de jantar. O móvel-aparador reúne aparelhos eletrônicos, CDs e o pufe. Os futons também oferecem mais um lugar de assento. Na lateral do sofá, a mesa-bandeja se desloca para o centro quando há visitas. Projeto de Cristina Bozian.
Com uma base neutra, pitadas de cor e marcenaria bem planejada, criou-se aqui uma decoração funcional e cheia de personalidade. Ao lado da TV, destaca-se na parede pintada de preto a tela de Mônica Sartori. Observe como o desenho do móvel baixinho respeita o espaço da obra de arte. Combinaram-se móveis antigos (a poltrona vermelha) e novos (o sofá da sala), salpicando cor com parcimônia. Projeto de Lúcia Cotta.
Na reforma, este apartamento, de 42 m², perdeu todas as paredes divisórias. O sofá de chapas de compensado de reflorestamento, dividido em duas partes, vira uma cama: basta remover o sofá da posição em L e deixar os módulos unidos, formando um quadrado. Rodízios facilitam a montagem. Dois colchões de solteiro compõem o assento, forrado com lona de caminhão costurada no avesso. Sob a janela, estrados produzidos com retalhos de madeira indicam o caminho do quarto, e a estante funciona como uma divisória entre a área social e a íntima. A profundidade de 52 cm permite acomodar objetos de ambos os lados. Projeto de Paulo Alves.
Em projetos em que acontece a integração dos espaços, é a decoração que dá conta de marcar os ambientes, com aqui: o estar é delimitado pelo tapete de bambu, que fica 10 cm embaixo do sofá e termina rente à estante de vidro. Os materiais contribuem para a leveza visual. A tradicional marcenaria para abrigar TV e som foi substituída por uma peça transparente, e a poltrona de acrílico também tem seu volume disfarçado. No centro, a mesa estreita libera a circulação. Projeto de Luiz Fernando Rocco, Fernando Vidal e Henrique Reinach.
Neste projeto, todos os ambientes, com exceção do quarto do jovem morador, foram integrados – até o terraço, delimitado pelo piso de itaúba e marcado pelo banco, que oferece espaço para receber os convidados. Mesmo assim, essa área ainda pode ser isolada com as persianas rolô, que chegam ao piso e também diminuem a luminosidade. Móveis leves e empilháveis são um dos segredos para ter ambientes pequenos agradáveis e bem organizados. Aqui, os bancos vermelhos de plástico cumprem o papel de assento e mesinha. Projeto de Antônio Ferreira Jr. e Mario Celso Bernardes.
Como os revestimentos e a mão-de-obra consumiram a maior parte da verba na reforma desta casa, sobrou pouco investimento para a decoração. Mas nada que generosas doses de criatividade não resolvessem. Um exemplo disso é o tapete do estar: ele é formado por um conjunto harmonioso de 12 tapetinhos de tear costurados. Em vez de reformar o sofá, uma capa de sarja peletizada resolveu a questão de maneira mais econômica. Projeto de Ana Moraes.
Se o espaço é compacto, vale a pena investir em um bom sofá de três lugares. Este, extraconfortável, conta com um encosto largo, capaz de oferecer apoio aos desenhos emoldurados. À frente, a TV de plasma está instalada em um painel de freijó. Uma grande janela em L, com esquadrias também de freijó, garante luminosidade ao ambiente. Projeto de Consuelo Jorge.
A escritora Leticia Ferreira Braga morou muitos anos com a filha em um apartamento de 180 m², mas incomodava conviver com armários cheios de coisas e ambientes vazios, que não conseguia aproveitar. Até que tomou coragem e resolveu se mudar para um apartamento de 90 m². Na reforma, ela fez questão de projetar o mínimo de armários. O estar, alongado, acomoda poucas peças, mas, nem por isso, deixa de ser confortável. A estante baixa guarda a valiosa biblioteca.
O jovem proprietário deste apartamento fez questão de dedicar sua atenção à sala de estar, já que costuma receber amigos para assistir aos jogos de futebol. Assim, para propiciar bons momentos em frente à TV, uma tela de fibra filtra a luz da janela. Do outro lado, o painel laqueado de correr, do chão ao teto, fecha a passagem para o quarto sem roubar espaço. Projeto de João Armentano
Adaptado de
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